domingo, 20 de janeiro de 2013

A saudade das folhas






A SAUDADE DAS FOLHAS


Sobre o meu banco ancião, junto às árvores tortas,

venho sofrer o outono da alameda.
Há um ranger enervante e bom de folhas mortas

na paisagem finíssima de seda.



E estende-se a meus pés a tristeza de tudo

que fui, que foste, do que sou, do que és...

E as árvores também têm, no chão de veludo,

a saudade das folhas a seus pés...

Guilherme de Almeida.




 

2 comentários:

  1. Bela poesia. Vejo a natureza como uma fonte de comparação infinita para nossos mais diversos sentimentos...chão de veludo, saudade das folhas, tudo de bom.

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    1. Obrigada ,Rit Suas observações procedem!A natureza tem mesmo sido uma forma de projeção do ser humano.A esolha dos versos, palavras, foi muito boa! Salve, o poeta!
      Obrigada pela visita!

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